Tabus que matam: por que ainda evitamos falar sobre suicídio?

O Silêncio que Aumenta o Sofrimento

Historicamente, o suicídio foi tratado como tabu em diversas culturas, associado a pecado, fraqueza ou vergonha. Esse estigma impede que quem sofre busque ajuda e dificulta a criação de políticas e práticas eficazes de prevenção. Segundo o Conselho Federal de Medicina, o silêncio sobre o tema contribui para o isolamento do indivíduo, aumentando o risco de desfechos fatais. (portal.cfm.org.br)

Mitos que Perpetuam o Silêncio

Alguns mitos comuns reforçam o tabu:

“Quem fala sobre suicídio só quer chamar atenção.”

  • “Falar sobre suicídio incentiva a prática.”
  • “Suicídio é escolha pessoal e não há como ajudar.”
  • Pesquisas mostram que falar aberta e cuidadosamente sobre suicídio, com informação correta e empatia, na verdade reduz o risco e promove a procura por ajuda. (WHO, 2021)

A Importância de Quebrar Tabus

Quebrar o tabu significa criar espaços seguros para diálogo. Famílias, escolas, empresas e comunidades podem se tornar ambientes de acolhimento, onde sinais de sofrimento são reconhecidos e apoio é oferecido. A Fiocruz destaca que práticas comunitárias de cuidado, mesmo simples, como conversas regulares sobre emoções e bem-estar, fortalecem a prevenção. (agencia.fiocruz.br)

Conversar Salva Vidas

O primeiro passo é ouvir sem julgamentos. A escuta ativa oferece espaço para que a pessoa expresse sua dor e busque suporte profissional. Organizações como o CVV oferecem apoio emocional gratuito e sigiloso 24 horas por dia, provando que a ação coletiva e a empatia podem fazer a diferença. (cvv.org.br)

Conclusão

Evitar falar sobre suicídio é reforçar o sofrimento. Sete bilhões de pessoas no mundo precisam saber que há acolhimento, cuidado e esperança. Transformar tabus em diálogo é um ato de humanidade — e no Setembro Amarelo, cada conversa aberta é uma chance de salvar vidas.

Para mais informações e apoio, visite a campanha oficial: setembroamarelo.com.